A novela satírica, que faz uma analogia propositalmente nada sutil à Rússia stalinista, utiliza da figura de animais para retratar as fraquezas, a corrupção e a luta de classes humanas. Nela, após se verem cansados das explorações que sofrem nas mãos dos humanos, os animais da Granja do Solar rebelam-se contra seus donos e tomam posse da fazenda, com o intuito de instalar uma sociedade igualitária e próspera, com base nos ensinamentos do finado Major. Contudo, logo os animais mais inteligentes, os porcos, passam a usufruir de privilégios, iniciando aos poucos uma ditadura pior que aquela existente sob o domínio dos humanos. Assim, a sociedade é antropomorfizada, com os cavalos representando o proletariado, as galinhas, vacas e ovelhas representado a classe média, o corvo representando a igreja. Temos, então, um perfeito paralelo com a Revolução Russa e sua excomunhão dos dissidentes, distorção da história, execuções e afins, encabeçadas pelo tirano porco Napoleão e seu rival Bola-de-Neve, numa clara analogia à Stálin e Trotsky, respectivamente.