O dramaturgo e jornalista irlandês George Bernard Shaw é o autor de uma frase que gosto muito. Ele diz: "A pessoa sensata procura entender como o mundo funciona para se adaptar ao mundo. Já a insensata não aceita a maneira como o mundo funciona e se recusa a adaptar-se a ele. Cabe, portanto, às pessoas insensatas, o poder de mudar o mundo".
O que poderia soar mais insensato do que dedicar um trabalho inteiro a desafiar o paradigma do neoliberalismo, conceito muito bem estabelecido em nossos sistemas econômicos? Ou a identificar, na solidariedade, um poder de subversão?
Mais ainda, que valor existiria em provocar reflexões que podem soar utópicas sobre a necessidade de comportamentos que se tornem práticas economicamente viáveis e ecologicamente conscientes?
Só mesmo pessoas insensatas se dedicariam a produzir esses pensamentos ou a colocar energia nesse trabalho. Mas, que bom que elas existem. Não são ainda uma maioria, boa parte delas segue anônima e ainda buscando o seu lugar de fala no mundo.
Pois eu passei a ter o privilégio de poder dizer que conheço uma delas. Seu nome é Renata Marmol. Passei também a celebrar o fato de que suas convicções deixaram de habitar apenas o campo das ideias em sua cabeça, para se tornarem uma profunda reflexão compartilhada sobre o mundo que queremos. Portanto, eu sugiro que você preste muita atenção no que ela tem a dizer.
Celso Grecco