Visto por muitos como um direito da gestante, como um lícito método de controle de natalidade, uma forma de evitar o sofrimento da mãe ou mesmo da criança que ainda está em seu ventre (em casos de estupro ou má formação congênita), e até mesmo como caso de saúde pública, o aborto normalmente desponta na atualidade como tema altamente polêmico. Sua descriminalização, com restrições ou não, sempre vem sendo debatida nas últimas décadas e, embora por algum tempo tenha sido levada a cabo por muitas nações, hoje começa a ver levantar-se diante de si uma forte reação de grupos pró-vida! Ante toda esta problemática, "A Reconvenção da Origem" surge como ponto nevrálgico: através de uma vasta pesquisa bibliográfica que, dentre outros, inclui livros, artigos científicos, relatos de experiências e teses, acompanhada por reflexões pessoais e uma boa dose de críticas ácidas, o autor conclui e mostra de modo singular – com embasamentos lógicos, morais, éticos e biológicos – que a vida humana se inicia no momento da concepção, e desde este ponto o novo ser deve ser encarado como pessoa, influenciando radicalmente o mundo jurídico, pois tais conclusões implicam na imoralidade e antieticidade intrínsecas do aborto provocado e de sua eventual descriminalização, fazendo desta uma via impossível a um Estado que se diga Democrático de Direito.