O livro estuda a polarização e a radicalização grupal. Define-se "polarização" como o deslocamento das opiniões para os extremos de um grupo de pessoas que pensam semelhantemente após deliberação. A seguir, estudam-se as "bolhas epistêmicas" (grupos polarizados persistentes), nas quais se confunde o que se crê saber com o que de fato se sabe. Nesse cenário, num primeiro sentido, conceitua-se como "razão comprometida" a razão grupal falaciosa, mas persuasiva. Para isso, recorre-se à teoria da explicação de van Fraassen, aos atos de fala de Austin e às implicaturas de Grice. Num segundo sentido, ela é tratada como o discurso que sustenta a coesão grupal. Neste caso, recorre-se à epistemologia dos grupos e à tese da negociação da crença coletiva de Gilbert e Priest. Por fim, as conclusões auxiliam na avaliação dos atuais estudos da despolarização grupal.