Depois de A Catedral do Mar e A mão de Fátima, romances históricos que se transformaram em sucessos de venda e crítica em todo o mundo, o escritor espanhol Ildefonso Falcones oferece ao leitor mais um épico apaixonante. Ambientado na Espanha do século XVIII, o livro descreve uma época marcada pelo preconceito, mas também pelo canto e pela dança dos ciganos, pelo amor e pela paixão de um povo, capaz de lutar com todo empenho para mudar o curso da história.
No livro, Caridad é uma ex-escrava negra originária de Cuba que aporta em Sevilha, no Porto de Cádiz, em 1748. No Velho Mundo, ela se vê livre do antigo senhor, que morre durante a travessia do Atlântico, mas torna-se presa fácil de uma sociedade machista e intolerante, e sofre com a crueldade e o abuso dos homens. Sua sorte muda quando cruza em seu caminho com Milagros Carmona, uma jovem cigana rebelde e lutadora. É através dela que Caridad conhece os hábitos ciganos: a sensualidade das mulheres; a dança e música flamenca; o envolvimento com o contrabando de tabaco e a intensidade das relações familiares. Clãs como os Vegas, os Carmonas, os Vargas e os Garcias convivem, partilham negócios, mas também cultivam rivalidades que ultrapassam séculos.
Melchor é o patriarca da família Vega, pai de Ana e avô de Milagros, a bela ciganinha prometida a Alejandro, um noivo que não lhe agrada nem um pouco. Na verdade, Milagros é apaixonada por Pedro Garcia, um amor proibido devido à rivalidade das famílias. Já Caridad se esforça para disfarçar o que sente por Melchor, um homem desafiador e sedutor, mas também firme defensor da honra e da lealdade do seu povo. Nesse caldeirão cultural, regado por música e dança, paixões e traições, Caridad e Milagros constroem uma sólida amizade, capaz de resistir a trágicas reviravoltas.