A Quarta Serpente, faz um paralelo entre as civilizações primitivas e as modernas, levando-nos à uma reflexão profunda, sobre o modo de viver em paz e em harmonia com a Natureza. Na trama, após alguns meses de convivência entre os aborígenes experimentando plena liberdade e harmonia, o autor já não sabe se deseja voltar a viver no mundo dito-civilizado ou permanece para sempre entre o povo que o acolheu. O contato com a Natureza, o modo simples de viver e a sabedoria milenar dos Pitjajantjara, agravado pelo desesperado apelo dos anciões da tribo para que o visitante permanecesse entre eles e ajudasse a salvá-los da destruição iminente, cria um dilema quase intransponível. Valerá a pena sacrificar um aparente conforto e bem-estar para salvar milhares de seres humanos, animais e plantas existentes numa região remota da Austrália ou em outra parte do planeta? Ou será mais proveitoso voltar para casa, contar sua história ao mundo e conclamar para que todos possam se unir na preservação daquele povo e de tantos outros que estão sob a ameaça de destruição? Lições de ecologia-pessoal, preservação ambiental, relacionamento humano, medicina natural e respeito aos valores humanos essenciais ao equilíbrio planetário, estão nas páginas deste romance ecológico produzido em papel reciclado para refletir a consciência ambiental do autor.