O livro "'A Prostituta Respeitosa' (1946), de Jean-Paul Sartre: entre angústias e a morte – as representações de raça, classe e gênero" busca compreender as opressões interseccionais, a angústia e a morte presentes na obra "A Prostituta Respeitosa". Essa peça teatral foi escrita no ano de 1946, após o dramaturgo e filósofo Jean-Paul Sartre fazer viagens aos Estados Unidos. Ao escrevê-la buscou denunciar alguns aspectos incômodos daquele país, especialmente o racismo e a segregação. Sartre (1905-1980) foi um dos precursores do existencialismo na França juntamente de outros nomes importantes, como Simone de Beauvoir, Martin Heidegger e Maurice Merleau-Ponty, especialmente logo após a segunda guerra mundial. O filósofo fez uso de diversas linguagens para expressar sua filosofia e engajamento político. Nesse sentido, para pensar o teatro de Sartre, é necessário considerar que este também faz parte de seu sistema pensamento e expressão intelectual. Por conseguinte, não pode ser desvinculado do contexto em que ele viveu nem da sua filosofia. Destarte, faz-se necessário investigar os aspectos estéticos da peça a partir da análise bibliográfica e do texto dramatúrgico, pensando como Jean-Paul Sartre, no texto teatral, perspectivou de forma crítica as opressões de raça, classe e gênero em suas obras, dando ênfase às temáticas da morte e da angústia, que são temas importantes no existencialismo sartreano.