A Profecia nasce como um simples desabafo; um compilado de memórias que tem como objetivo revisitar e ponderar o passado do autor. Conforme a narrativa se desenvolve e segue linearidade, Mingo passa a compreender melhor o teor de sua história, atribui a ela um caráter literário e discorre sobre sua trajetória.
Mais do que uma autobiografia ufanista acerca de conquistas e vitórias, Mingo atribui à sua narrativa um questionamento central o qual o perseguiu durante toda sua vida: em certa ocasião durante sua infância quando acompanhava sua mãe em uma consulta com um "Vidente", Mingo foi impelido por uma profecia atribuída pelo tal profeta. Quase como em caráter de "determinismo", a Profecia perseguiu e atormentou o autor durante toda sua trajetória, influenciando em suas escolhas e decisões.
Em A Profecia, o leitor pode encontrar uma narrativa diretamente inserida e debruçada no passado do autor, revisitando e ponderando escolhas, personagens, vícios e virtudes. Além disso, ao estabelecer uma reflexão acerca de sua percepção sobre si, o autor propõe conceber o quanto uma ideia, um conceito ou uma imposição pode determinar a trajetória de um indivíduo.
Por fim, A Profecia busca explicitar a redenção e o consolo, os quais somente uma divulgação confessional pode proporcionar.