O presente trabalho tem a pretensão de apresentar a origem do contexto sociocultural dos soldados na Primeira Guerra Mundial (1914–1918), explorando questões como o cansaço resultante da falta de sono adequado para repor suas energias exaustas, os precários hábitos alimentares (rações) que afetavam sua saúde física, o constante medo da morte enfrentado por todos, a presença de desejos sexuais homoafetivos como forma de buscar prazer e aliviar a dor, as adversidades decorrentes do surgimento do vírus Influenza devido ao crescente número de mortos nas trincheiras, e, consequentemente, o uso de drogas (bebidas e tabacos) como tentativa de escapar desses sofrimentos.
Para coletar informações, foram utilizados jornais da época e diários de ex-soldados, que revelavam o dia a dia no front de batalha. O objetivo da análise é encontrar vestígios daqueles que, além dos entorpecentes, utilizavam a escrita poética como uma forma ordenada de expressar seus sentimentos diante da morte.