O livro discute efeitos da incidência do discurso médico na cultura, considerando o estatuto da vida e da morte para as políticas de saúde. Tomando o zumbi como uma figura que mostra algo sobre a experiência subjetiva dos séculos XX e XXI, o autor problematiza o modo como a ciência médica moderna alonga a qualidade de vivente mesmo às custas de um prolongamento do processo de morrer. O livro ainda revisita o experimento nazista em Auschwitz, estabelecendo uma articulação entre o muçulmano, morto-vivo que foi produzido no campo pela máquina de desumanização nazista, e o zumbi, morto-vivo surgido no folclore haitiano e apresentado ao ocidente pelo cinema americano.