Penetre no recôndito da alma de um poeta nato. Sinta sua dor, seus sonhos e a fugacidade do tempo que voa. Vivencie o clima do deserto e a doce poesia que emana de um coração em prantos. Pai aos 40 anos, Djalma expressa o sentimento que ecoou em suas entranhas ao colocar pela primeira vez em seus braços seu desejado filho, nascido como resultado do nosso amor e da tecnologia in vitro. Um escravo que alcançou alforria, livre para descrever as correntes que amarram as pessoas às chamadas riquezas desta vida, que os que a ela se apegam aniquilam os mais nobres sentimentos. Descrição bela da dor, do sofrimento, da hipocrisia dos que se disfarçam de amigos, que culmina no encontro do estranho amor de Deus. A saudade de sua terra pernambucana, o desencontro dos mundos adulto e infantil, o sabor da Espanha e a dor do touro na véspera de sua morte na arena são aspectos que ele consegue correlacionar com seu sofrimento em determinado período de sua vida. O vento levante, o amigo fiel, o mar de gente feroz, besta selvagem, metáforas diferenciadas para comparar sua dor. Jerusalém celestial, que era tão pura, se desnuda e se mostra aos seus olhos tão fria e cruel. Mas como um louco é feliz em sua poesia e na primeira ausência do filho se angustia. Com suavidade descreve sua filha como rosa única e cativante, perfume e doçura que sua dor alivia. Cada poesia mostra a complexidade da experiência humana, uma jornada emocional e espiritual que revela a beleza e a redenção na dor e na reflexão íntima. Mergulhe nas palavras e se encante com A poesia, filha da dor.