Marcante ao longo da história da literatura brasileira, a poesia pernambucana impõe-se, desde o Movimento de 22, passando pela Geração de 45, período em que se notabilizaram Manuel Bandeira, Joaquim Cardozo e João Cabral de Melo Neto, entre outros. Mais recentemente, a plêiade pernambucana formada por Alberto da Cunha Melo,Ângelo Monteiro, Marcus Accioly, Jaci Bezerra, Lucila Nogueira e outros, designada Geração 65, destacou-se na criação de uma poesia que, contendo em seu bojo a pluralidade, guarda correspondências formais e temáticas com a geração poética anterior. Um dos marcos comuns aos poetas de 65 reside justamente no fato de que nenhum deles fixou residência fora de Pernambuco, o que se reflete no acesso ao grande mercado editorial e na recepção das obras por eles produzidas. Desta forma, pode afirmar-se que a Geração 65, mesmo com a sua profusa produção, ainda guarda um certo ineditismo junto ao público de poesia brasileira.