Todo mundo acha que seu tempo é o pior possível (ao menos para aqueles que sabem "ver" e "ler" "as leis do universo"). Isso faz parte da natureza humana, ao longo da história, no convívio com a sociedade que o cerca e ante as mazelas humanas que parecem não ter solução. Os escritores, normalmente, refletem a sociedade na qual vivem: suas angústias, seus anseios, seu inconformismo; a crítica recai sempre no seu tempo (quer sejam manifestações em romances, manuais filosóficos, poemas e todo tipo de narrativa literária).
A nosso ver, vivemos tempos muito interessantes: o avanço assustador das tecnologias e a proliferação de pessoas, na internet, com todo tipo de conversa enfadonha e despautério, objetivando alcançar seguidores e uma forma de vida baseada no absurdo, é imensurável. (O interessante é que muita gente dá relevância a isso. É compreensivo, já que a vida é absurda).
Quisemos aqui, além de brincar com as asneiras que se propalam através das novas tecnologias digitais, proporcionar uma narrativa angustiante, e ao mesmo tempo cômica, de um sujeito estranho e todos aqueles que lhe atravessam o caminho com a finalidade exclusiva de inventar aventuras; conforme a sociedade em que vivemos.