Utilizando a técnica do romance histórico, Manoel Luiz Varela soube injetar sangue nas veias de seus personagens, ou seja, apresentá-los ao leitor como seres humanos verdadeiros.
Saber que George tocou violino em casas noturnas nos seus primeiros tempos em Nova Iorque, para não passar fome com sua mulher, o Google pode nos informar rapidamente. Viver aquele momento, como se o estivéssemos assistindo, somente na leitura deste livro.
O mesmo acontece em muitas outras cenas recriadas pelo autor, como no casamento de George e Andromache, quando descobrimos até porque os gregos costumam quebrar pratos em suas celebrações.
Sim, este livro é uma biografia escrita com a técnica do romance, como Homero o fez na antiguidade, Victor Hugo no século XIX, Erico Verissimo, no século XX e muitos de nós o fazemos nos dias atuais, inclusive eu.
A única coisa proibida num romance desta natureza é faltar com a verdade histórica. E esse pecado jamais é cometido pelo nosso escritor Manoel Luiz Varela. Tudo isso, sem que o escritor deixe de lado os aspectos principais do trabalho científico de seu biografado.
Alcy Cheiuche"