"A posição geográfica do Afeganistão e o caráter peculiar do povo investem o país com uma importância política que dificilmente pode ser superestimada nos assuntos da Ásia Central."
— Friedrich Engels, New American Cyclopaedia, 1857.
"Por ocasião do final satisfatório das recentes negociações relativas ao estabelecimento de uma base de relações amistosas e de vizinhança entre os governos da República Soviética Russa sob sua Alta Presidência e meu Governo Imperial, e sua conclusão por um tratado amigável - eu parabenizo meu alto amigo Presidente Lênin, expressando minha satisfação neste assunto, e espero que o referido tratado seja confirmado e suas disposições entrem em vigor o mais rápido possível. [...] O tratado que concluímos estabeleceu as bases de nossas relações sinceras, e não temos dúvidas de que no futuro essas bases serão ainda mais fortalecidas e confirmadas, e que a consecução desses altos objetivos mútuos justificará os desejos de ambas as partes."
— Amanullah Khan em carta à Vladimir Lênin, dezembro de 1920.
"O atual estado de desordem do Afeganistão é também um legado soviético, mesmo embora o país não seja uma ex-república soviética. Fragmentado pela ocupação soviética e a prolongada guerrilha conduzida contra ele, o Afeganistão é um estado-nação apenas no nome. Suas 22 milhões de pessoas tornaram-se nitidamente divididas em linhas étnicas, com crescente divisões entre os pashtuns, tadjiques e hazaras do país. Ao mesmo tempo, a jihad contra os ocupantes russos tornou a religião a dimensão dominante da vida política do país, infundindo fervor dogmático em diferenças políticas já agudas. O Afeganistão, portanto, deve ser visto não apenas como parte do enigma étnico da Ásia Central, mas também como um importante participante da política dos Bálcãs Euroasiáticos."
— Zbigniew Brzezinski, The Grand Chessboard American Primacy and Its Geostrategic Imperatives, 1997.
"O Afeganistão continentalmente fechado fica no coração da Ásia e liga três grandes regiões culturais e geográficas: o subcontinente indiano a sudeste, Ásia central ao norte e o planalto iraniano a oeste. A Geografia pode não ser o destino, mas definiu o curso da história afegã por milênios como porta de entrada para invasores saindo do Irã ou da Ásia Central ou pela Índia: Ciro, o Grande, Alexandre, o Grande, Mahmud de Ghazni, Gengis Khan, Tamerlão e Babur, para mencionar alguns dos mais ilustres exemplos."
— Thomas Barfield, Afghanistan a cultural and Political History, 2010.