O presente livro problematizou a possibilidade de o trabalho ser ou não princípio educativo emancipador, no intuito de compreender quais os limites de um projeto político-pedagógico ancorado nessa premissa. A partir da necessidade de entender qual princípio educativo deve nortear um sistema educacional voltado para a emancipação humana, realizou-se uma leitura imanente das obras: "Para uma ontologia do ser social", de Georg Lukács, "Cadernos do cárcere" e "Escritos políticos", de Antônio Gramsci. Realizou-se, primeiramente, uma análise do complexo educativo em Lukács, posteriormente, explicitou-se o percurso trilhado por Gramsci na sua elaboração sobre educação, situada em seu contexto histórico-social. Procurou-se apanhar a formulação acerca da tese do trabalho como princípio educativo, assim como a defesa do princípio educativo do trabalho. Em seguida, tomando a categoria do princípio educativo, realiza-se o caminho de volta, demonstrando aproximações, distinções e complementaridades entre Gramsci e Lukács. Inferimos, a partir da pesquisa que gerou tal escrito, que o princípio educativo que tenha como desígnio fundamentar um sistema educacional, pautado no desenvolvimento dos seres humanos na sua integralidade, é a formação humana, princípio que abarca não somente a esfera do trabalho, senão toda dimensão do ser humano. Isso contempla, portanto, o âmbito de todo tipo de práxis.