A MÚSICA COMO LINGUAGEM NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NAS AULAS DE QUÍMICA. Entre as ciências, a Química destaca-se devido às várias possibilidades de se abordar cada tópico, partindo de uma simples observação, de um experimento ou da leitura da própria natureza, surgindo os questionamentos e a problematização necessária para a produção de conhecimento científico. O que dificulta o ensino de química, muitas vezes, é a forma como é praticado, excessivamente transmissivo, não problematizado e descontextualizado, não considerando a compreensão e a vivência do aluno. Essa dissertação buscou a utilização da música como instrumento de trabalho e linguagem no processo de alfabetização científica nas aulas de química, de modo que houve maior interesse dos alunos em aprender esta disciplina e, consequentemente, promoveu-se uma melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem através do ambiente lúdico. Atualmente, seria mais fácil elencar os ambientes nos quais a música não está presente. Os celulares, cada vez mais modernos, são uma ferramenta didática potencial no processo de ensino e aprendizagem, quando têm o seu uso orientado pelo professor. A utilização de metodologias ativas, em que o aluno é o protagonista e o produtor do seu próprio conhecimento, confere uma nova dinâmica ao processo, sempre orientado pelo professor-mediador, que também acaba assumindo o papel de pesquisador-orientador do processo pedagógico. O presente trabalho desenvolveu uma sequência didática para ensinar o conteúdo de Eletroquímica, utilizando uma metodologia lúdica, com músicas e/ou paródias autorais, acompanhadas de problematizações e contextualizações, considerando as vivências dos alunos. Em seguida, os grupos de alunos, de acordo com as suas preferências musicais, produziram músicas inéditas e/ou paródias musicais como produtos desse trabalho, envolvendo os conceitos-chave dos conteúdos de eletroquímica que foram trabalhados em sala de aula, evidenciando o processo de alfabetização científica segundo CHASSOT e MILLER.