Na semana seguinte, fui até a margem do rio e aguardei sua chegada. Por volta das onze da manhã, ela assomou na outra margem, do lado baiano. Veio nadando até o lado no qual eu estava, com braçadas ágeis e compassadas. Ao findar a travessia, parou diante de mim, quieta. Desvestiu a blusa úmida, torceu-a, vestiu-a de novo. Eu não lhe disse nada, mas percebi que tinha envelhecido. Quando assomara na outra margem, minutos antes, tinha trinta anos ou pouco mais do que isso. Agora parecia ter trinta e nove, quarenta anos. (p. 37) Do conto Veridiana