Sempre brinquei que A Milésima pode soar como "a milésima história medieval que você vai ver na vida". Mas basta entrar em contato com esta obra para perceber que a fantasia é apenas a superfície: um pano de fundo para se abordar a vida como ela é, com suas questões existenciais, políticas e morais.
Aqui, não há avatares perfeitos ou protagonistas genéricos, moldados apenas para a aventura. Em A Milésima, os personagens são profundamente humanizados, marcados por dilemas internos e conflitos reais.
Este é um livro com tom introdutório — o primeiro de uma saga em cinco partes. Com linguagem fluente e envolvente, o leitor não só é apresentado ao fantástico mundo de Zenin, como também é fisgado por sua ambientação riquíssima, sua trama e desfechos surpreendentes.
Neste primeiro livro, conhecemos Derek Saen e sua família, habitantes de Fíden — um continente onde a magia rege a ordem social e desempenha funções fundamentais para o povo.
Derek sonha em tornar-se um mago, ainda mais porque se sente ofuscado por sua talentosa irmã, Eva. A história começa com um teste que define não só a carreira mágica do menino, mas toda a sua vida. Ainda sobre Derek, ele é, sem dúvidas, um protagonista incomum. Você vai amá-lo ou odiá-lo, compreendê-lo ou julgá-lo — mas jamais será indiferente a ele.
Por fim, a narrativa passa por conflitos, tensões, traumas e evoluções. Aborda temas como a busca por identidade e destino — e termina deixando uma certeza: você vai querer saber o que vem a seguir.