A menina semente tece a trajetória de Iris Negra para realizar o sonho de cultivar um jardim em sua rua. Nas primeiras tentativas ela usa sua criatividade e tudo que já aprendeu com sua família, mas seu intuito é iniciar sozinha. Então surgem as dificuldades que levam Iris a um sentimento de frustração e tristeza. É exatamente nesse momento que ela começa descobrir outra maneira de realizar seu desejo. Essa descoberta inicia-se quando surge primeiramente uma borboleta, em seguida, um beija-flor e por fim, uma abelha, que conduzem Iris a lugares nos quais ela faz experiências novas, supera sua tristeza, amplia sua visão de mundo, suas relações, e descobre possibilidades de realizar seu sonho. Cada animal mostra respectivamente, o jardim de Rosa, os canteiros da Rua Larga e o meliponicultor com seu meliponário. Na relação com os animais e nos lugares que conhece, Iris Negra encontra pessoas semelhantes a ela em relação ao amor e ao cuidado com as plantas. Iris percebe o quanto elas também gostam de plantas e da mesma forma, querem as ruas, as cidades e o mundo enfeitados com o colorido delas. Com essas experiências, Iris Negra progressivamente vai superando a tristeza e retomando com mais vigor a esperança de realizar o sonho dela. Por fim, Iris Negra, a menina semente, com a ajuda dos animais e das pessoas que conheceu, compreende que a melhor maneira de realizar o sonho de cultivar um jardim em sua rua é de forma colaborativa. Cada pessoa que desejar e cada animal dará sua colaboração para o cultivo do jardim. Dessa maneira, o canteiro da rua de Iris, antes sem vida e sem colorido, se transforma em um belo jardim cheio de diversidade. Essa pluralidade faz o leitor pensar que o jardim se transformou no mundo. Mas não é apenas no canteiro que acontece transformação, o sonho de Iris Negra também se transforma. Agora, seu sonho é que os jardins, as hortas, os hortos e os pomares sejam multiplicados nas ruas, nas cidades. Então, ela lança sementes...