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A Inocência Romântica Do Vadiar

A Inocência Romântica Do Vadiar

Sinopse

Este texto resulta de uma experiência singela, vibrante, sentida pelo autor, montado na ilharga de um corcel ligeiro, esquipador, cavalgando em busca do infinito para ver, de perto, a luz do Sol brilhar, alumiando as minhas idéias populares. Para sair da rotina diária, voltei; comecei a alinhavar estas idéias. Pois, não sabendo costurar, as alinhavei, sem máquina, sem linha, sem agulha, sem bobina. Então, o trabalho resultou nessa colcha de retalho, em cores vivas, intensas, toscas, sofridas; mas, convidativas, para, nas noites frígidas, cinzentas que excitam a luta dos oprimidos do campo e da cidade contra os opressores de ontem, de hoje e de sempre, em todos os recantos do planeta, para um novo Sol aparecer aluminhando idéias e motivos para o povo se libertar e bem viver. Pra tanto, busquei nos sábios do presente e do passado, os poetas consagrados na história; seus brasões de luta; para tal, como as estrelas do céu, nos alumiarem os caminhos para, melhor prosseguir esta caminhada a fim de, com mais lucidez, aprender costurar a luta de libertação dos escravos do homem pelo homem: os excluídos de hoje, sem ter, sem ser, sem poder morar, vestir, comer, isto é, sair do nada para, também, tudo ser. O sonho foi grande, a caminhada da esperança, maior. Enfim, aprendi, com muito esforço, costurar estas idéias libertárias, para quem queira, ler e contar o que viram e sentiram neste texto que, para você, leitor, escrevi esta Inocência Romântica do Vadiar*. A Cidade de Belém, Paraíba Aqui continua a longa luta dos índios Potiguaras na Serra da Copaóba, contra a bárbara invasão portuguesa, a fim de tomar a capital dos gentios naquela bela serra que abrigava 350 mil guerreiros da Nação Potiguara; quando foram, totalmente, dizimados pelos cruéis invasores. Daí, nasceu, entre outras, a cidade de Belém, fruto da luta heróica dos guerreiros nativos. Uma Numerosa Família Tem origem eloquente direta do sangue puro dos Potiguaras com os Lucena de descendência Espanhola e os Barbosa de origem portuguesa, radicados no Curimataú e os Lucena na região do Brejo de Bananeiras, Paraíba. É a cepa desta Família numerosa: Potiguara Lucena Barbosa, num total de 21 filhos e 75 netos que se expandiram por todo o Brasil a fora. A Residência da Família No sopé da Serra Copaóba, os novos Potiguaras Lucena Barbosa; ali se instalaram, fundando o Engenho Grotão de saudosa minória. Nesse rincão construíram seu berçário. Para o padrão da época, uma residência confortável, bonita, aconchegante, a fim de melhor vivermos e sermos felizes como, de fato, fomos até hoje com vontade de voltar para, novamente, mais amar e bem querer. O Engenho, a Terra, a Vida Instalados numa região de terra muito fértil, boa para plantar, colher, sonhar, trabalhar, cantar, feliz viver, namorar, na Inocência Romântica do Vadiar às horas que nos sobravam para sonhar. Minha Professora Primária Transmitiu-me o primeiro encontro com um novo mundo em que se priva, um pouco, da vida vegetativa, alegre, quando se prova que, sacrificar, hoje, a bela vida de ontem, pra ver um novo mundo, o mundo intelectual que convence, empolga, anima, embevece; anexando-nos ao mundo da alegria do vegetar, viver, um novo mundo, multiplicando a alegria de viver para pensar e de pensar para melhor viver. Nesses dois mundos vivi e vivo até hoje a fim de ser mais feliz. Aprendi tudo isso com Eurídice, minha lúcida primeira professora, em primeiro lugar. Os Trabalhadores do Grotão Totalizavam-se quatorze famílias, com direito a uma casa pra morar, um hectare de terra a fim de cultivar sua própria roça. Trabalhavam quatro dias semanais, recebendo seus salários rigorosamente em dia. Ficavam três dias disponíveis para tocar seus interesses pessoais.