Em um mundo cada vez mais conectado e, paradoxalmente, cada vez mais solitário, A Ilha surge como metáfora e cenário de uma transformação silenciosa, porém profunda. Nascida como um espaço de simplicidade e harmonia, onde o tempo seguia o ritmo do sol e do mar, a ilha vê sua essência ser lentamente alterada pela chegada de tecnologias que prometem progresso, mas trazem inquietação. Entre a nostalgia do que foi e o fascínio pelo novo, os habitantes da ilha percorrem o delicado caminho entre a convivência verdadeira e a ilusão das conexões instantâneas. O livro convida o leitor a refletir sobre sua própria "ilha interior" em meio ao ruído do mundo moderno, onde as relações humanas se tornam frágeis, os sentimentos são medidos por curtidas e a vida real cede espaço à imagem fabricada. Com uma narrativa poética e reflexiva, A Ilha não aponta culpados nem propõe soluções fáceis, mas deixa uma pergunta ecoando: — No meio de tantas conexões, ainda sabemos quem somos quando o silêncio chega?