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A História em suas Representações, Máscaras e Armadilhas

A História em suas Representações, Máscaras e Armadilhas

Sinopse

Quantas representações, máscaras e armadilhas possuem nossa memória, vide o racismo que se esconde atrás de máscaras que esboçam um desenho cordial das relações. Por isso, acredito que o x da questão na história está no olhar, como olhamos para nós mesmos, para o outro e para o mundo, a natureza. E buscarmos esse significado do olhar é essencial para entendermos a história. E a estética (aesthesis, percepção, sensibilidade) do olhar em seu viés abundantemente artístico é transformador, por exemplo, onde o grande pintor surrealista René Magritte, com seu quadro de 1929, "A traição das imagens", escreve abaixo do desenho de um cachimbo "Ceci n'est pas une pipe" (Isto não é um cachimbo). Michael Foucault fica surpreso com essa obra, pois esta contradição, a da linguagem, da grafia e do desenho, na verdade não é uma contradição, realmente o desenho não é um cachimbo, mas uma representação. Com esse olhar semiótico, esse pensador coloca em pauta todo hábito e mentalidade em que se olha as coisas e se acha que aquilo que está vendo é a verdade. Ele traz essa pauta para quebrar e questionar a racionalidade cartesiana e empirista (não que não sejam úteis), mas que têm moldado hábitos enrijecidos e fossilizados que podem acarretar distúrbios e anomalias no corpo e na mente da sociedade, ou seja, em cada um de nós. Esse hábito de linguagem passa ao hábito de pensar e agir, onde habitamos com nossas bandeiras, crenças e armas.