O texto aqui exposto, segundo se sabe, traduzido de pergaminhos manuscritos de Qumran, traz uma versão de autor desconhecido dos primeiros capítulos uma Gênese empolgante, lúdica, mítica e poética como uma fábula. Nela apresenta-se um criador que chora, lamenta e caminha com sua criação. Está sempre rodeado de anjos e súditos celestiais que ficam como plateia assistindo o protagonismo de Lúcifer antes e depois da queda. Aqui vemos os meandros da criação de todas as coisas, o enredo e os diálogos que leva ao fruto proibido; o exílio de Adão e Eva; o nascimento de Caim, Abel e suas irmãs até a trama e motivos do primeiro crime e o desterro de Caim. Naturalmente, a leitura vale para alimentar a mística das inúmeras interrogações que já há muito tempo os textos oficiais nos suscitam, logicamente não fazemos qualquer juízo de mérito religioso, crença ou descrença, cada um é responsável por suas próprias conjecturas e interpretações. Já por isso, o texto é selecionado tido como apócrifo. Os Manuscritos do Mar Morto são escritos em couro ou papiros, na maioria em hebraico, mas também em aramaico e grego. Eles foram encontrados em 11 grutas, alguns em bom estado e outros deteriorados. Ao todo, foram encontrados cerca de 800 documentos. Alguns estudiosos sugerem que alguns manuscritos sejam cópias de livros sagrados que os judeus do Templo esconderam quando pressentiram que os romanos destruiriam Jerusalém. Os Manuscritos encontrados se classificam em: Manuscritos bíblicos, Apócrifos, Comentários bíblicos e Livros da Comunidade.