O cangaço foi um movimento armado que do nordeste brasileiro que teve seu auge no século XX. Dentre os motivos citamos: miséria, monopólio das terras, brigas de família e a insolência dos coronéis. Podemos classificar estes cangaceiros como "bandidos sociais", ou seja, rebeldes minoritários de uma sociedade rural, visto como criminoso pela elite e como um herói pelo seu povo. Surgiram vários cangaceiros famosos, dentre os mais: Antonio Silvino, Luís Padre, Sinhô Pereira, Corisco e o "rei do cangaço" Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Virgulino entra para o grupo de rebeldes após a morte de seu pai, junto a seus dois irmãos. Lampião posteriormente assume o comando do seu próprio bando e durante anos uma guerra se instaura no sertão nordestino entre cangaceiros e volante. Lampião conhece Maria Bonita nos anos 30 e anos depois ambos são mortos junto a mais nove cangaceiros pela mão da volante e tendo sido decapitados, com suas cabeças expostas em feiras. Lampião e seu bando ficaram eternizados na memória e cultura popular nordestina, transformando-se em um ícone, principalmente nos poemas de cordel, na qual Lampião é protagonista das mais variadas aventuras fictícias. Este trabalho tem como objetivo analisar e estudar justamente a literatura de cordel no nordeste brasileiro, visando compreender a representação do cangaço, principalmente de Lampião e de seu bando.