Nascido em 1793, Paul de Kock é um escritor francês do século XIX preocupado com as coisas mundanas.
Júlio Verne achava que seria o único escritor desse século que sobreviveria ao tempo. Escreveu mais de cem obras com um estilo rápido, mesclando humor, ironia e alguma licenciosidade,
adequada aos padrões morais da época. Foi muito consumido no começo daquele século já que seus
livros eram primeiro publicados nos jornais, como folhetins, inclusive no Brasil. Em “A Grande Cidade – novo quadro de Paris– cômico, crítico e filosófico”, de 1842, Paul de Kock descreve, em contos e crônicas às vezes muito curtos, aquilo que via ocorrer na cidade, que passava por grandes transformações. O livro ganhou uma tradução em português, ainda no século XIX, de autoria do luso J. A. Xavier de Magalhães,
tradução essa que – resgatada do esquecimento– foi revista, complementada e atualizada por José Roberto Fernandes Castilho, professor de Direito Urbanístico da FCT/Unesp, que a enriqueceu com mais de uma centena de notas explicativas. A publicação mantém algumas ilustrações do original, feitas por grandes pintores e desenhistas como Daumier, Victor Adam e Gavarni, dentre outros."