A primeira vez que vi uma flor de Mulungu foi no cemitério, quando cheguei dos Estados Unidos com meu pai dentro de um caixão. Estavam minhas irmãs com as flores mais tristes, mais coloridas e mais lindas que eu jamais havia visto. Ao perguntar, me responderam "São lá de casa, ele que plantou"
Eu já morava nos Estados Unidos ha 15 anos, e havia viajado somente duas vezes ao Brasil durante todo aquele tempo, mas sempre fora da primavera.
Jamais poderia adivinhar que essa flor tão simples, nascida de uma árvore tão rica em recursos medicinais se tornaria parte da minha vida de eterna aprendiz, e daria titulo ao meu livro salpicado de saudades e lembranças do meu pai. Obrigada, Deus, obrigada meu pai, por mais este presente