Da mesma autora de As costureiras de Auschwitz: lançando luz sobre um aspecto pouco conhecido do Holocausto, Lucy Adlington tece uma história inesquecível de força e sobrevivência, mas, acima de tudo, de uma amizade capaz de superar qualquer coisa.
Éramos quatro: Rose, Ella, Mina e Carla. Em outra vida, poderíamos ter sido amigas. Mas estávamos em Birchwood.
Aos 14 anos, Ella teve seu primeiro dia de trabalho como costureira, quando descobriu um mundo de sedas, costuras, tesouras, alfinetes, bainhas e adereços. Mas essa não era uma oficina de costura convencional, assim como seus clientes não eram pessoas comuns. Ella se juntou às costureiras de Birkenau-Auschwitz por necessidade. Cada vestido que costurava significava a diferença entre vida e morte, fazendo deste ateliê um local de sobrevivência.
No trabalho, em meio ao mundo da modelagem e cercada pelos tecidos, Ella busca refúgio da realidade e de memórias assombrosas. Diante dessa realidade, Ella precisa tomar decisões dolorosas sobre até onde é capaz de chegar para sobreviver. Será que realmente ama a modelagem e a criatividade, ou a tarefa não passa de uma mera colaboração com seus algozes, uma forma de se manter viva? Lutará por si mesma sozinha, ou confiará na importância de uma amizade cada vez mais profunda com Rose?
Nesta trama repleta de intenções dúbias, algo vai se entrelaçando entre as cores dos vestidos de alta-costura e da lama dos campos de concentração – uma fita vermelha, que fora dada a Ella como símbolo de esperança.