Desde as primeiras décadas do século XVIII, a ampla divulgação dos princípios da "Ciência Newtoniana" e do ideal de uma "Ciência Útil e Aplicada", na Inglaterra, atingiu, além de setores da aristocracia, outros segmentos sociais letrados das "classes médias", criando-se, no decorrer deste século, uma atmosfera intelectual propícia ao desenvolvimento da perspectiva teórica e prática de uma Filosofia Natural e Experimental cada vez mais voltada para a resolução dos problemas e das necessidades humanas, começando por aquelas da vida produtiva e dos negócios até chegar ao bem-estar e à saúde dos indivíduos. São estas questões de fundo e o debate historiográfico acerca da caracterização da "Ciência" praticada na Inglaterra do século XVIII que este livro pretende abordar.