O mundo foi cruel. Mas ela tentou amar do mesmo jeito. Flávia não sonhou em ser mãe. Mas foi. Sem escolha. Sem apoio. Sem preparo. Abandonada pela própria família, expulsa pelo pai, julgada por todos, ela carrega no colo a filha que o mundo já quer rejeitar. Com medo, fome e vergonha, ela tenta sobreviver e proteger a filha, num mundo onde ser mulher pobre é ser culpada por existir. Entre entregas perigosas, silêncios que gritam e noites em que a culpa pesa mais que o corpo, Flávia busca abrigo no pouco que tem: o amor por uma filha que não pediu nada… mas que pode significar tudo. Narrado com lirismo, coragem e brutalidade silenciosa, este livro é um mergulho na maternidade quebrada — e na esperança que insiste em nascer onde o afeto ainda resiste.