Ele não se lembra da infância, só das consequências. Daniel Callahan passou vinte e três anos na infantaria aprendendo a sobreviver à guerra. Mas não é o combate que o acorda à noite. São espaços em branco. Anos desaparecidos. Um corpo que reage a ameaças que sua mente não consegue nomear. Quando a terapia abre o que seu cérebro selou, Daniel encontra uma trilha de volta ao primeiro campo de batalha: cinquenta e uma escolas, interminável crueldade de novato e os rostos em velhos anuários que ainda fazem seu estômago revirar. Então ele faz uma lista. Com sua esposa, Ana, como âncora e testemunha, Daniel viaja de cidade em cidade confrontando as pessoas que ajudaram a apagá-lo, aquelas que negam, as que lembram, as que pedem desculpas e as que ainda tentam machucá-lo. Cada porta que ele bate traz outro fragmento: cloro e sangue, uma escada e um corrimão, uma porta trancada do quarto que antes parecia o único lugar seguro do mundo. Mas o confronto mais perigoso não é com os valentões. É com a verdade comum e nada glamourosa do que acontece quando uma criança descobre que ninguém vai vir. The Lock and the List é um romance cru e implacável sobre memória, ferimentos morais e o trabalho brutal de recuperar uma vida, uma verdade de cada vez.