O livro A expansão do jornalismo para o ambiente numérico apresenta a condição digital do jornalismo. Sobrevivendo sob essa condição, seu ponto de partida hoje é o número, ou seja, "o que é possível de ser programado". Nessa perspectiva, a escrita jornalística, em sua versão mais radical, significa escrever algoritmos, executar rotinas e programas em uma perspectiva diferente do que antes era possível, em termos de linguagem, do ponto de vista do alfabeto e das imagens técnicas. O que torna visível e sintetiza essa condição é o formato, o qual serve de estrutura para as linguagens digitais escritas com o signo informático. Essa escrita, baseada fundamentalmente nas possibilidades do número, é possível pelo design, aqui compreendido como operação de escrita, pela sua capacidade em atribuir modelos para as diversas ordens de códigos envolvidos no processamento informático de síntese. Essa noção é o centro da argumentação do livro, o qual explora os desdobramentos da implicação do ambiente numérico para o Jornalismo e a cultura. Destina-se àqueles que procuram uma visão estrutural, e não circunstancial, das mudanças que operam no cenário midiático contemporâneo.