A Ética a que se fez referência no decorrer desse trabalho é uma Ética afirmativa, criadora, estimuladora de um "Espírito fortalecido" na luta pela libertação do homem das opressões e desigualdades. A consciência ética, enquanto capacidade de escutar a voz do outro, levanta-se contra a alienação e a estagnação. Ouve-se na palavra do dominado, que irrompe de além do sistema, o justo protesto que questiona os princípios morais do sistema opressor, da totalidade excludente. Reconhece a legitimidade do questionamento frente ao sistema jurídico da totalidade econômica, assumindo um compromisso com a justiça social, com a libertação do homem oprimido. Estabelece a reaproximação entre o Direito e as necessidades reais e prementes da sociedade como um todo. A Ética ao reconhecer a autonomia do outro, tem o poder de transformar o ensino jurídico (e o Direito) em instrumento de libertação e afirmação do ser, negado pela totalidade excludente. A consciência do profissional deve ser conduzida ao desenvolvimento do espírito crítico como a retórica maior para a formação de uma Consciência Ética.