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A economia política internacional da guinada do Partido Socialista Francês (1981-1984)

A economia política internacional da guinada do Partido Socialista Francês (1981-1984)

Sinopse

No período da globalização (financeira) nos anos 1980 nos países centrais, existia uma estrutura econômica e política acima dos governos que, por sinal, mandavam muito pouco. Segundo Fiori, esses chefes do executivo (presidentes, primeiros ministros, etc.) se tornaram "decorativos", visto que "como o comando econômico obedece a uma estratégia global, resta uma estreita margem para os presidentes e as políticas nacionais" e, nesse processo, "não vivemos [mais] num mundo em que é preciso depor ou eleger um presidente, pois se encontrou um meio de esterilizá-los". Portanto, pode-se observar que "acima" da estrutura política formal de poder – de membros eleitos diretamente – existia uma outra estrutura de poder com capacidade de interferir nas políticas locais. O governo do Partido Socialista Francês de François Mitterrand, em seu programa de governo, almejava implementar uma política de estímulo ao consumo ("keynesiana") de modo a manter uma taxa de crescimento e um bom nível de emprego, frente a um quadro internacional recessivo, em especial, após a elevação da taxa de juros norte-americana a partir de setembro de 1979. Entretanto a política keynesiana começou a ser revertida após apenas um ano de governo e foi completamente abandonada após um ano e dez meses de governo: de maio de 1981 até março de 1984. O que levou o Partido Socialista Francês, num país de "Primeiro Mundo", a abandonar seu projeto pelo qual foi eleito? É essa a questão central que o livro pretende responder.