Apresento neste livro o resultado de pouco mais de dois anos de pesquisa sobre como a ética da alteridade em Emmanuel Lévinas pode servir como ponto de partida para uma crítica ao formalismo jurídico.
Se por um lado há uma crescente tendência de argumentos sobre as capacidades institucionais como defesa da autocontenção do Poder Judiciário, por outro lado há aqueles que defendem o ativismo judicial como mecanismo de correição social. Escolho uma via alternativa, que, fundada na responsabilidade para com o Outro, em contrapartida à egologia, justifica em uma ecologia da alteridade. Um outro olhar ecológico para propor que o julgador assuma seu papel constitucionalmente adequado, sem usurpar funções e sem se omitir.