Paralelamente ao Concílio Vaticano II e desde então, cresce o fenômeno associativo dos leigos. Neste âmbito, o Espírito Santo suscita as Novas Comunidades como lugar em que se vive em comunhão, retornando da teoria à prática. São elas lugar de encontro, de compreensão, inclusive das diferenças, e de relacionamento. O Espírito faz dessas Comunidades instrumento e sinal de encontro com o Cristo Ressuscitado nesta era de mudanças, de sociabilização superficial e desenraizada. Aparelha as Novas Comunidades com diversos métodos, dota-as de capacidade de diálogo ? incluindo o aspecto ecumênico e inter-religioso ?, concentra-as sobre o anúncio direto da Boa Nova, com criatividade, dá-lhes um espírito de acolhida, que pode vencer o individualismo e a homologação cultural do tecido social contemporâneo.
Ainda precisa ser percorrido um longo caminho de reflexão sobre as Novas Comunidades na Igreja. O presente livro se insere nesse caminho, especialmente considerando a Teologia na América Latina e no Brasil, procurando trazer as Novas Comunidades para dentro da vida e da missão cristãs, no Continente, e colocando interrogações e esperanças.