O Rev. Ricardo Narciso destaca que essa doutrina se defronta com o tremendo desafio da cultura contemporânea, caracterizada por uma mentalidade secularizada, antropocêntrica e pretensamente autônoma, que reage intensamente contra a ideia do controle soberano de Deus sobre a sua criação. Paralelamente, existem muitos setores da igreja, inclusive no âmbito do presbiterianismo, que veem com desconfiança o ensino acerca da eleição divina, considerado uma “invenção calvinista”, e se sentem inquietos com sua aparência de inconsistência e injustiça da parte de Deus. Sem deixar de reconhecer a grande complexidade do tema, seu caráter paradoxal e misterioso, o autor insiste que se trata de uma doutrina profundamente bíblica, calcada num imenso acervo de afirmações existentes nas Escrituras, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.