As teorias da conspiração fazem parte da história, principalmente em épocas de instabilidade. Recheiam o imaginário de autores de ficção e roteiristas de cinema, mas também estão presentes no dia a dia do cidadão comum, nesse caso, como se fossem realidade. Norteiam escolhas que podem até comprometer a saúde e a vida de quem as faz, como no caso do movimento antivacina. Com a pandemia da Covid-19, as teorias da conspiração e o negacionismo científico ganharam as manchetes dos noticiários e as redes sociais. Mas, na verdade, elas nunca desaparecem. Vez por outra, mudam a roupagem e voltam de maneira bastante sedutora, inclusive para os considerados bastante letrados.
E por que elas atraem tanta gente? Nesta obra, a partir do estudo de caso daqueles que acreditam que a Terra é plana – mas não se atendo apenas a ele –, a autora mergulha no universo do negacionismo científico e das teorias da conspiração exposto nas redes sociais, trazendo também algumas questões ligadas ao movimento antivacina e à Covid-19.
A obra é uma adaptação da dissertação de mestrado da autora, que estruturou como é construída a crença nas teorias da conspiração e no negacionismo científico, por meio de um diagrama que envolve a estrutura de comunicação, questões educacionais e culturais, aspectos comportamentais, elementos sociais, políticos e econômicos.