Essencial na formação e manutenção das sociedades que faziam parte do império português, a Companhia de Jesus desenvolveu formas diferentes de inserções de acordo com a região onde estava. Na América portuguesa eram administradores de suas propriedades e senhores de terras e de cativos, ao mesmo tempo em que eram membros de um universo religioso, possuindo, como tal, dogmas e comportamentos específicos que a sociedade, de uma forma ou de outra, esperava que eles seguissem. A presente obra busca entender o desenvolvimento da estrutura econômica e social da Companhia de Jesus na capitania do Rio de Janeiro escolhendo para análise uma de suas propriedades denominada de Engenho Velho, de invocação de São Francisco Xavier e que ocupava grande parte das terras onde hoje está estabelecida a região conhecida como Grande Tijuca. O livro busca identificar até que ponto suas estruturas produtivas estavam inseridas no cotidiano das relações estabelecidas na cidade do Rio de Janeiro e no império português e quais eram as sociabilidades existentes no interior dessa estrutura envolvendo os padres, os foreiros e os escravos de todos que ali viviam.