As principais cidades do interior paulista apresentaram intensa produção imobiliária nas duas primeiras décadas do século XXI. A maioria se concentrou em lançamentos residenciais, financiados pela Caixa Econômica Federal. Uma boa parte das dívidas dos mutuários desses programas foi empacotada em títulos financeiros. Além da habitação, os galpões de logística se multiplicaram nas principais rodovias do estado e passaram a integrar Fundos de Investimento Imobiliário. Este livro busca analisar o avanço das fronteiras da financeirização imobiliária por meio dos portfolios de ativos financeiros e da superprodução da habitação, mas que se depara, ao mesmo tempo, com limites e conflitos locais.