Esta obra mostra a importância do trabalho intelectual, formulando múltiplas questões de caráter antagônico, conflitual e dialético sob enfoques multifacetados e interdisciplinares. Aborda o tema, o "Multiculturalismo, o Puralismo jurídico e os Novos Sujeitos Coletivos no Brasil". A riqueza da obra está na produção de um discurso plural e multicultural, na qual desfilam grandes teóricos e intelectuais dos tempos passados e contemporâneos, que de fato assumem diversos papéis com argumentos comuns e contrapostos, dialogando e debatendo em torno da questão das minorias e das diferenças etno-culturais, econômicas, sociais, religiosas, etc. Discutem estes assuntos renomados interlocutores, mestres e adversários. O autor apresenta, especialmente, a filosofia e o pensamento jusfilosófico de autores consagrados, como Antônio Carlos Wolkmer, Boaventura de Sousa Santos, Enrique Dussel e Adela Cortina. Desenvolve um raciocínio que atravessa o conteúdo das idéias destes pensadores numa determinada direção ético-política e jurídica apontando para um novo paradigma de ordenação societária, comunitário, participativo com base na igualdade e na liberdade no contexto de uma práxis emancipatória. Há uma preocupação em resolver a questão do conflito entre a igualdade e a liberdade na relação entre o Multiculturalismo e o Pluralismo Jurídico no concernente aos principais traços estruturais das diversas concepções existentes e de uma análise sistemática com base nos conceitos operacionais, nos principais valores e princípios e modalidades de organização socioeconômica, cultural e jurídica no bojo das formulações de um novo paradigma societário, multicultural e pluralista. De fato, observa-se a necessidade de reforçar a substância que envolve a práxis libertadora dos Novos Sujeitos Coletivos na luta pela afirmação e reconhecimento dos novos direitos, e pela proteção social, pela igualdade substancial e pela liberdade contra as estruturas de opressão e alienação dos vitimados pelo sistema capitalista dominante e pelo mundo globalizado. É neste jogo de questionamento dos antagonismos existentes entre a teoria e a prática, a formalidade e a informalidade, a liberdade e a razão, a práxis e a técnica, que se descobre a necessidade de se tematizar os direitos sociais, políticos, econômicos e culturais.