Algumas coisas não são escritas. Por outro lado… Há livros que são escritos com tinta. Este foi escrito com pulsações. Cada fragmento que aqui existe não foi moldado à força — foi simplesmente permitido existir. Você não encontrará nomes, datas ou certezas nestas páginas. Apenas o eco de um sentimento que ainda não se calou. Este livro não é sobre um amor antigo, nem um amor novo. É sobre o amor que existe agora — em um corpo diferente, numa fase diferente, mas com a mesma capacidade de mover galáxias dentro de mim. Tudo começou com o susto de me sentir viva, de novo. De olhar para alguém e perceber que o tempo não me protegeu da beleza de me encantar. E mesmo sabendo tudo que sei agora —sobre distâncias, sobre ausências, sobre o que não depende só de mim — ainda assim, me apaixonei. E me apaixonei como se fosse a primeira vez. Mas agora, sabendo da vastidão de tudo que o amor pode construir ou consumir… Este livro é a tentativa de mapear o invisível. De dar forma ao que não pode ser dito com palavras comuns. Usei estrelas, planetas, flores, para tentar dizer: "ainda estou aqui". Ainda ardo. Ainda insisto. Cada poema nasce de um sentimento. Como se, ao ouvir certos pensamentos e ao sentir certos sentimentos, eu me encontrasse em mim e também em você. Se você estiver aqui, e souber escutar com o coração em repouso, vai me ouvir sussurrando em cada verso: Obrigada por me reacender.