Sophia é uma escritora em crise criativa e emocional. Enquanto enfrenta uma pressão constante por um segundo livro que insiste em não nascer, ela se vê isolada em uma casa de vidro em meio a natureza, onde vive com o marido James, tentando encontrar sentido na solidão que se instala quando ele parte para uma viagem a trabalho. Carregando em silêncio as cicatrizes de uma violência cujas consequências catalisam a destruição de sua relação com James, Sophia confronta a instabilidade do tempo presente, o peso da ausência e a delicada tensão entre o amor e a culpa. O que parecia ser apenas uma distância temporária, transforma-se em uma espiral de inquietações, onde cada gesto cotidiano é atravessado por lembranças não ditas. As paredes de vidro devolvem, em reflexo, os contornos de um casamento que rui devagar e os leva a caminhos individuais e busca pelo perdão e autoaceitação. A casa de vidro conta a emocionante história de um casal que precisa enfrentar a si mesmos e um ao outro nas camadas não ditas da convivência, revelando de forma honesta e íntima todos os horrores no caminho de uma história de amor que talvez venha a nunca dar certo.