A "Casa da Morte", situada em Petrópolis, Rio de Janeiro, foi um dos locais mais sombrios utilizados durante a ditadura militar brasileira (1964-1985) para tortura e execução de opositores do regime. Este centro clandestino é um dos símbolos mais pungentes dos abusos cometidos contra militantes políticos que resistiam à opressão autoritária da época. As atividades realizadas na Casa da Morte incluíam torturas físicas e psicológicas, desaparecimentos forçados e execuções sumárias. As vítimas eram predominantemente integrantes de movimentos de resistência, muitos dos quais pertencentes a organizações de esquerda ou grupos armados. A notoriedade do local surgiu através das denúncias feitas por sobreviventes e familiares das vítimas, que expuseram as atrocidades lá cometidas. A descoberta desta casa contribuiu significativamente para a conscientização sobre as violações de direitos humanos perpetradas durante o período militar no Brasil. O trabalho realizado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), instituída em 2012, foi crucial para investigar esses crimes, promovendo justiça e reparação às famílias afetadas. Além disso, preservar a memória desses locais como a Casa da Morte é vital para assegurar que tais episódios não sejam esquecidos, fortalecendo uma cultura de respeito aos direitos humanos e à democracia no país.