Quem me conheceu franzina, magrinha, sardenta nos anos 50-60, imagino que não me reconheceria hoje. Quem me conhece dos últimos tempos não tem ideia do que eu possa ter passado na vida. E superado. A proposta desta autobiografia é deixar uma mensagem que possa levar mais e mais pessoas a perceberem que toda e qualquer situação pela qual passamos na vida, em qualquer tempo, em qualquer lugar, tem um propósito. Hoje, mais amadurecida, conhecedora de aspectos da personalidade humana, partilho com quem se propuser a conhecer minha história diversas passagens nas quais busquei força interior, entendimento, resiliência. Detalho, minuciosamente, que o que me salvou de uma doença abençoada e de uma crise magnífica foi minha autoconfiança. Esta não vem por acaso. Requer determinação, coragem, enfrentamento. É preciso o maior de todos os amores, que é o amor por nós mesmos. É necessário se desvestir de crenças limitantes, ter força interior para encarar o novo, coragem para ousar no desconhecido, para que haja uma apropriação efetiva de nosso corpo, mente e alma. Ninguém é dono de ninguém, a não ser de si próprio. Somos soberanos sobre nossa individualidade, nosso pensar, sentir e querer. Pequenos insights podem gerar grandes transformações. Há que se ter um desejo profundo de ir em frente, com flexibilidade, generosidade e humildade para aceitar e transformar aquilo que nos vem por quem sabe mais, seja pelos livros, cursos, terapias ou simplesmente por uma reflexão. A experiência dada pela escola da vida não tem preço. Se com ela pudermos vivenciar a liberdade, o compromisso e a escolha, forjaremos os pilares ideais para termos paz e equilíbrio interior. E, se tudo isso vier inundado de perdão e gratidão, estaremos a um passo do tão almejado equilíbrio do bem viver. Sempre bom começar de novo e saber que contamos, acima de tudo, com nós mesmos. Confie. Todo entardecer chegará a um amanhecer...