A internação em UTI causa um impacto enorme aos pacientes, familiares e equipes de trabalho. A família se depara com situações difíceis, tanto pela aceitação de ter um familiar doente e, a partir disso, ter sua família desestruturada com as interrupções do cotidiano, quanto pelo fato de estar diante de um ambiente incerto, agitado, dinâmico, rodeado de tecnologias de ponta adaptáveis ao estado crítico de doença do paciente hospitalizado. No contexto de um paciente terminal ou no qual as perspectivas de recuperação são muito improváveis, esta face do cuidado assume uma importância ainda maior, pois na maioria das vezes o paciente não estará orientado e será preciso cuidar dos seus familiares também. Os familiares têm necessidades específicas e podem apresentar estresse, ansiedade nesse período de internação na UTI. Objetiva-se identificar as principais demandas da família do doente crítico terminal. Trata-se de uma revisão integrativa com cinco artigos selecionados nas bases de dados SciELO e PubMed entre o período de 2011 e 2021. Após a leitura, análise e interpretação dos dados, as publicações evidenciaram diferentes dificuldades dos familiares em compreenderem as práticas em terapia intensiva e que para tornar o cuidado humanizado não basta investir somente na eficiência técnica, é preciso estar atento a princípios e valores como a ética e generosidade na relação entre a equipe, a família e o paciente, acolhendo-os, respeitando-os e aceitando os limites de cada situação. Este estudo também demonstrou que a família apresenta as maiores demandas no âmbito emocional, espiritual, psicossocial e de comunicação com a equipe clínica durante o período de hospitalização na Unidade de Terapia Intensiva.