Eliseu Visconti, em depoimento manuscrito, afirmou estar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro a sua principal obra. Foi além, externando ter sido a maior emoção de sua vida artística postar-se diante da enorme tela branca, ao iniciar a pintura do pano de boca do Theatro.
Ana Heloísa Molina, em seu excelente texto, utiliza o pano de boca como argumento central, mas expande sua análise para abranger o essencial da eclética produção do artista.
A autora, recuperando sempre o momento histórico-cultural vivido por Visconti, leva-nos a compreender as origens de seu vanguardismo, o seu relacionamento com o impressionismo e sua convivência com outras tendências e estilos, mostrando com profundidade o papel de destaque que o artista ocupa na história de nossa arte.