O poder pode produzir a agressividade, e seu estado evoluído, a violência, sob quaisquer circunstâncias... na mãe, que pune ou espanca o filho..., na professora, que pune a criança com castigos, o jovem com punições, o adulto com discriminação etc., há um sentimento de frustração, mágoa etc. anterior à raiva por não ser considerado... estas emoções primárias muitas vezes vêm se apresentando inaudíveis pela maneira como nos relacionamos com o patriarcado ao longo de nossa história, manifestando-se inicialmente por forte tensão que pode se transformar em agressão, e depois em violência. É por isso que Lourdete Vieira Moreira compreende a agressividade como um "nuômeno biopsicossocial" que pode ser pesquisado para além das suas múltiplas dimensões qualitativas e quantitativas. Ouvir os docentes sobre a agressividade das crianças é um ponto de partida para se registrar que o primeiro passo do exercício da docência seja instituir empatia com os discentes, favorecendo a criação de esperança, de ideias, de oportunidades etc., "estabelecendo relações de segurança, pois não se aceita conselhos ou perguntas de quem não se tem confiança".