O estoicismo, filosofia de dois mil anos, vem sendo cada vez mais procurado como resposta para lidar com um mundo tomado pelo caos. Angústia, insegurança, medo, ansiedade e depressão estão entre os males que regem a vida moderna, povoando as mentes com emoções negativas que acabam por desorganizar a vida e causar incontáveis transtornos, os quais, uma vez fora de controle, resultam em intenso sofrimento. Os estragos na saúde mental se devem, em boa parte, a um mundo de incertezas, pautado pela superficialidade, onde tudo muda com uma rapidez assustadora e os valores são dissolvidos facilmente, cenário que se agravou de maneira alarmante com a pandemia de Covid-19, que aumentou consideravelmente o número de casos de depressão e ansiedade da população em todo o mundo, resultado do isolamento, da solidão, das preocupações financeiras e da intensificação do luto .Frente a tantos obstáculos internos e externos, o estoicismo atua como uma terapia antiga eficaz contra os problemas modernos. Isso porque esses ensinamentos de ordem ética são direcionados à prática do cotidiano, fornecendo preciosos conhecimentos para lidar com as adversidades e formular reflexões acerca da felicidade e do bem viver. Portanto, sejam quais forem os motivos que causam desânimo, angústia e tornam a nossa vida infeliz, essa escola de pensamento nos ajuda a vencê-los. Desde tempos remotos, grandes pensadores se questionam sobre o que significa ter uma boa vida e como alcançá-la. Felizmente, como afirmou Sêneca em Sobre a Brevidade da Vida,“ As obras que a Filosofia consagrou não podem ser arruinadas pelo tempo”. Parte desse saber atemporal está reunida nesta obra, que contém 365 das mais importantes reflexões para viver de maneira tranquila, plena e feliz. São verdadeiras pérolas de sabedoria milenar que podem ser consultadas todos os dias do ano e que vão estimular um novo olhar sobre a vida – e até mesmo sobre a morte. Diante de tempos tão difíceis, que a luz da sabedoria estóica traga a chave para a transformação interior, e que, a partir dessa reforma íntima, passemos a questionar mais a nossa consciência sobre os nossos atos, descortinando o véu que cobre a razão e trabalhando, cada qual, para a construção de um mundo melhor.