A segunda é o alcance dos interesses individuais, entendido como apenas viável, se feito através do preenchimento prévio das necessidades coletivas. Esses conceitos são centrais na obra.Todo os outros elementos do funcionamento tanto dos costumes, quanto da cultura, como do governo são diretamente ligados a esses pontos.
O autor vê a propriedade privada como a essência das mazelas do homem. Podemos entender como propriedade privada a desigualdade material, e se refere muito mais a propriedade privada como vemos hoje, do que à concentração de riquezas por direito de posse, como no caso da nobreza européia tradicional. Da mesma forma, a necessidade de ver a sociedade como um conjunto e de subordinar os interesses individuais aos coletivos são a única maneira de alcançar prosperidade e progresso. A descrição da ilha é feita com base numa comparação com a Inglaterra do seu tempo, que tem uma função de negativo. É perfeitamente possível entender Utopia como uma anti-Inglaterra.